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O repórter Kleber Thomaz do G1/SP, conseguiu passar algumas perguntas para o vigia Evandro através de seu advogado José Carlos da Silva...
Evandro respondeu de próprio punho...
Não acredito que o delegado Olim tenha torturado o Evandro...
Na realidade estas insinuações de tortura são comuns em crimes de repercussão como ardil para advogados modificarem estratégias de defesa...
O mais provável é que Evandro está amedrontado com a possibilidade de Mizael ser preso e encontrá-lo na mesma cela...
Agora, uma má notícia para Mizael que deve estar comemorando o recuo do Evandro; vejam o que ele fala sobre a carona que deu ao Mizael no dia do crime:
- Não sei o que ele [Mizael] fala, mas isso que eu não fui busca [SIC] ele na represa é verdade.
Agora, basta o Evandro repetir o que Mizael comentou durante a viagem a partir da represa de Nazaré Paulista...
Não é possível crer que ambos vieram em silêncio...
Agora, importante informar que o vigilante Evandro está comprando barulho grande ao acusar o delegado Olim de tortura após aceitar transcrever o que lhe fui ditado por seu advogado...
Num casos desses é preferível o Evandro ficar ao lado da Lei do que sentir-se ameaçado por um bandido e resolver compactuar com fantasias...
Jorge Schweitzer
Leia abaixo, íntegra da entrevista feita com Evandro:
G1 - Como o senhor tem passado esses dias preso? No que tem pensado?
Evandro Bezerra Silva – Passo mal. Mas confio em Deus. Sei que a minha inocência vai aparecer. A justiça da terra falha, mas Deus sabe a verdade. Que eu não participei de nada disso.
G1 - A polícia informa que em seus depoimentos o senhor ouviu de Mizael que ele queria matar Mércia. Isso é verdade?
Evandro – É mentira. O meu depoimento certo foi o primeiro, que dei em Canindé [de São Francisco, a 200 km da capital Aracaju] e na frente da imprensa. Depois, eu fui pressionado de um jeito que confessaria qualquer coisa.
G1 - A polícia informou que o senhor disse em depoimento ter buscado Mizael Bispo de Souza na represa em Nazaré Paulista em 23 de maio. Isso é verdade?
Evandro – Tudo mentira. Só meu primeiro depoimento é verdadeiro.
G1 - Mizael nega que o senhor o tenha buscado em 23 de maio na represa. Quem mente? Ele ou o senhor?
Evandro – Não sei o que ele [Mizael] fala, mas isso que eu não fui busca [SIC] ele na represa é verdade.
G1 - O que gostaria de dizer a Mizael?
Evandro – Que eu não acusei ele nem ninguém, pois não sei quem foi. E que o depoimento no Sergipe não é [SIC] minhas palavras. Só a primeira vez é verdade, as outras fui obrigado a dar.
G1 - A polícia diz que o senhor fugiu ao saber que era apontado como suspeito. Depois teve a prisão temporária decretada. Qual foi o motivo de o senhor se ausentar de São Paulo e por que não se entregou à polícia ao saber que era procurado?
Evandro – Eu não fugi. Vou sempre para lá nas festas juninas. Já é tradição. Todo ano. Quando eu viagei [SIC] não sabia que era suspeito e nem sei se tinha alguma ordem pra mim [SIC] prende [SIC]. Viagei [SIC] dia 12 de junho quando fiquei sabendo que tinha ordem de prisão pensei em me apresentar, mas achei que isso tinha que ser aqui em São Paulo. E pessoas da minha família me aconselharão [SIC] para só me apresentar aqui com advogado. Tive que esplicar [SIC] pra minha família que sou inocente. Tem várias pessoas aqui de Guarulhos mesmo que sabe que a minha viajem já estava programada. Elas pede [SIC] ser testemunha [SIC].
G1 - Mesmo assim a polícia o indiciou por participação na morte de Mércia. O senhor acha isso justo? Cometeu algum crime?
Evandro – Acho injusto, sou inocente, não participei de nenhum crime.
G1 - Num primeiro depoimento, após ter sido preso, o senhor negou qualquer envolvimento com o crime. Depois, mudou a versão. Por quê?
Evandro – Porque fui torturado. À noite me levarão [SIC] pros [SIC] fundos, meteram um saco plástico na minha cabeça, enrolaram com fita crepe e me disseram que eu tinha que acusa [SIC] o Mizael, que não pegava nada para mim. Eu ainda resisti um pouco, cheguei a dismaia [SIC], jogarão [SIC] água na minha cara, me puzero [SIC] de novo o saco plástico e disserrão [SIC] que quando eu quizesse [SIC] falar, era para eu bater o pé, não agüentei!
G1- O que realmente aconteceu em 23 de maio? O que o senhor fez naquele dia? O que viu? O que ouviu?
Evandro – Não sei o que aconteceu e não lembro o que fiz no dia 23 de maio, mais [SIC] como tão [SIC] mi [SIC] acusando nesse dia, olhei na folhinha e vi que era domingo e geralmente todo domingo eu trabalhava na feira, e ia para igreja. Ficava com os meus filhos.
G1- O senhor sabe quem matou Mércia Nakashima? Quem foi?
Evandro – Não sei. Só sei que não foi [SIC] eu e que não participei de nada disso que tão [SIC] dizendo.
G1 - O que gostaria de dizer a família de Mércia?
Evandro – Não gostaria de dizer nada. Mais [SIC] tão [SIC] mim [SIC] acusando de uma cosia que eu não fiz. Só digo que eu não tenho nada com isso e não sei porque me acusam. Eu conhecia a Mércia de vista. Vi ela junto com o Mizael na campanha política que eu fazia segurança pra todo o pessoal. Não sabia nem o nome dela. Jamais faria qualque [SIC] coisa contra ninguém. Muito menos contra uma pessoa a que eu nem conhecia. Não tinha motivos para faze [SIC] nada. Nem ia ajudar ninguém por mais amigo que fosse.
G1 - O que gostaria de dizer a sua família, senhor Evandro?
Evandro – Nunca recebi dinheiro. Que continue confiando em mim, pois sou inocente. Não fiz nada do que tão [SIC] dizendo.
G1 - O senhor recebeu algum dinheiro para pegar Mizael na represa?
Evandro - Nunca recebi dinheiro nenhum e não participaria de nada errado por dinheiro.
G1 - Em depoimento, o senhor disse que por diversas vezes tentou impedir Mizael da ideia de matar Mércia.O que dizia a ele?
Evandro – Se eu disse, foi no depoimento que não é meu, que fui coagido
G1 - Qual seu sonho agora?
Evandro – Voltar par a casa e pra junto dos meus filhos que ama [SIC] muito.
G1 - O senhor é amigo de Mizael? Ou não quer mais ser?
Evandro – Não nego que conheço, mas não somos amigos. Temos um relacionamento profissional. Amigo, para mim, é quando a gente freqüenta a casa da pessoa, e pessoa [a] freqüenta a nossa casa, as famílias se reúne [SIC]. Isso não existia entre eu e ele. Nossas conversa [SIC] era sempre sobre serviço de segurança e eu via ele no posto que trabalho, quando ele ia abastecer o carro como um freguês normal do posto.
G1 – Tem mais alguma coisa que o senhor queira dizer e que eu não perguntei?
Evandro – Só mais uma vez que eu não participei de nada disso, que sou inocente e que não quero ficar falando mais com a imprensa. Só aceitei responder essas perguntas com minha própria letra porque não agüento mais ficar esperando o juiz me chamar para eu falar a verdade e esplica [SIC] que fui forçado a falar mentira. Meu advogado Dr. José Carlos disse que tá fazendo tudo pra me tira [SIC] daqui, pra mim [SIC] responde [SIC] em liberdade. Acredito que meu Deus vai dá [SIC] uma luz pra [o] juiz na hora dele resolver minha liberdade.
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