quinta-feira, 19 de agosto de 2010

E o quéko?!

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Vocês já escutaram o programa Palavras Amigas na Rádio Tupi FM?

Pois acho que uma das minhas leitoras deve ter errado o destinatário e enviou para cá...

Acompanhem que bagulho mais maluco, por favor:


Olá Jorge!!

Seguindo essa moda de traição... e como eu sei que vc e nós (seus leitores) tb gostamos, vou te contar algo!!

Em 2006 conheci um cara... Eu solteira (nunca casada), sem filhos e ele separado (nada judicial), pai de TRÊS filhos! Mesmo assim começamos a namorar!

Namoro ia bem, muito bom aliás. Cara gente boa, sexo maravilhoso, as crianças eram ÓTIMAS!! Quase um ano de namoro e ele viaja à trabalho.. Começaram as brigas... Sabe lá Deus por quê! Mas ÓBVIO mais uma vez que não desculpei de verdade. Sempre aquela merda vinha na minha cabeça. Aí começaram as brigas. Era cada briga... Até que veio o fim da relação, que teve 2 anos de duração.

Desde o término do namoro nós nunca mais nos falamos, nos vimos... NADA!!!
Eu às vezes enviava email, ligava só ouvia a voz dele e desligava. Mas contato O (zero).
Até que um dia, 2 anos após o término eu enviei um email com 5 parágrafos.

“Procedíamos de galáxias diferentes, como dois cometas que se cruzam efemeramente no espaço. Ele vinha da infância e nunca tivera uma parceira estável, queria me viver até me esgotar, queria que montássemos juntos uma casa, que sonhássemos um futuro, que nos enchêssemos de compromissos de eternidade até as orelhas. Eu, provinha da fatigante travessia da idade madura, sabia que a eternidade sempre se acaba, e tanto mais cedo quanto mais eterna. E assim fui avarenta, me neg uei a ele, afastei-o de mim. Quanto mais ele me exigia, mais em sentia asfixiada; e, quanto mais me regateava, mais ansiosamente ele queria me segurar. Dito isso, se ele se retirava, eu avançava, e então o perseguia e o exigia: porque o amor é um jogo perverso de vasos comunicantes.”
E em seguida enviei uma crônica que dizia +/- que o que finda um relacionamento não é a diferença etária e sim a diferença de necessidades, pretensões...

Para a minha surpresa, depois de 2 milhões de emails enviados, esse foi o 1º que ele me respondeu. Com a curta e breve frase: "Isso significa que vc está com saudade?"
Eu tratei de responder. Não disse que sim, nem que não! Só disse que era para ele não desistir de ser feliz. Pedi desculpas por algum mal que o causei na época que namorávamos e agradeci pelas coisas boas que ele nem faz idéia que me fez!

Eis que começamos a trocar msgs via celular, depois ele me liga... até que na quarta passada nos encontramos!!
Foi ótimo!! Papo fluiu bem. Nem parece que já tivemos aquelas brigas escrotas que romperam nosso namoro. Estavámos ali, amigos de novo!!!
Qdo a conversa ficou mais séria, chorei! Mas não de tristeza. Feliz por ver que ele est á bem. Lembrava de coisas lindas do nosso relacionamento (é claro que tb tivemos momentos maravilhosos). Logo ele que faz tratamento com psiquiatra desde 2008 para tentar arrumar um problema em seu lóbulo central (coisa no cérebro), problema este que encurta sua memória, dentre outros sintomas que já não me recordo.
Nos beijamos! Mas foi inexpressivo. Esse momento era mais mágico do que carnal!
Conversamos mais um pouco e fui pra casa.

É claro que tudo isso está mexendo comigo. Tenho um namorado maravilhoso. Bom. Faz tudo por mim, mas ficou claro que não o amo. Gosto dele, gosto mto mais do que ele faz por mim. Mas esse é muito mais novo, somente 6 anos mais velho que eu. SOLTEIRO, sem filhos... seria o ideial, certo?? Ou errado?? Vai saber...

Continuo me comunicando com ele. Devemos nos encontrar essa semana.
E agora???
É aguardar o mesmo que foi um dos responsáveus por termos retomado contato, O TEMPO!!


Resposta ao Tempo
Nana Caymmi
Composição: Aldir Blanc/Cristovão Bastos
Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento
Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Caso queira publicar, sinta-se à vontade. Só peço para omitir a profissão dele.

E obrigada por ler essa história.


(assina com pré e sobrenome)



Vem cá, alguém por aqui me informe:

Esta dona bate bem da caixola?

Ou eu que perdi a sensibilidade ao contemplar a Escala Hare em estado latente?

Não imagino qual utilidade pode ter para meus leitores um troço destes...


E pareceu coisa de hospício: ela narra; intermeia com poesia e finaliza com uma canção...

Não imagino como alguém pode ter a capacidade delirante de querer que meus leitores de nível intelectual diferenciado compartilhem isto...

Mas, vamu lá?!

Se mais alguém tiver histórias, me envie...

Republico tudo...

Não sou censor...

E...

Em dezembro a gente elege a mala do ano...

Que receberá como prêmio uma garrafa de Tontola safra 2001...

Taí, guardem bem esta primeira fortíssima candidata...

Prá mim é imbativel...

Agora enviem mais histórias...

Pode ser até do cruzamento da sua cachorra com o cão do vizinho...

Vale tudo...

Só não vale história do Sérgio...

O Sérgio incentiva a castração (putza que lla párea) em Pindamonhangaba...

Cruzes!




Jorge Schweitzer




PS: Ah! Sim... A Tontola 2001 será falsificada por mim, obviamente... Assim que acabar com líquido da que recebi mês passado, vou guardar o vasilhame com rótulo e aquela papel celofane e encher com Da Roça... Agora por favor, comentem pessoal... Otávio direto de NY como nosso Paulo Francis de plantão; Nejao, especialista dos baixos latrinos... Todos por favor, vamos tentar ajudar a consulente...


















17 comentários:

Sérgio disse...

Jorge:
Tontola 2001 realmente só falsa, pois a verdadeira nasceu em 2002 ou 2003, não temos registro.

Quanto à castração de animais, este não é o meu departamento e sim da esposa do Afonso. Meu departamento é de salvamento de árvores e estou perdendo todas.
Abração.

Anonymous disse...

Qual o problema? Você mesmo já postou outros casos por aqui.

MD.

Ricardo Cavalcante disse...

Jorge, podemos chama isso de "Stand-up Neuro"

Que tal no dia da premiação, chamarmos a Vanuza para abrir o evento?

Jorge Schweitzer disse...

Poxa, pessoal...

Vocês não entenderam...

A moça quer que a gente opine sobre o que ela deva fazer...

Fica com o namorado atual, troca pelo antigo...

A coisa é deveras instigante...

Anonymous disse...

Vejo isso mais como um desabafo. Ela deve saber bem oq eu fazer.
Não há mal no que ela escreveu. Todos temos conflitos, fatos que aconteceram em nossas vidas e que não ficaram bem resolvidos.
Ela tem sentimento o que hoje em dia é raro nas pessoas.

Silvia.

Jorge Schweitzer disse...

Sérgio,

Perdão irmão!

Ia fazer uma brincadeira que ficou incompleta e incompreensível...

A intenção era explicar que o amigo recomendaria que a moça estirpasse ambos os amantes, naquele estilo Império dos Sentidos...

Na correria ficou confuso...

Me perdoa...

...

Marinalva,

Os outros casos que postei me pareciam mais engraçados...

Este aí não tem graça alguma...

Anonymous disse...

não fui eu jorge...deve ter outro(a)MD no táxi

nejao666 disse...

a mulher rompe e fica mandando email para o cara, ai conheçe outro e continua marcando enconto com o cara.

aproveita e ja marca consulta com o psiquiatra do cara pra ver qual é a dela .

Anonymous disse...

jorge,
diante desse comentario ai que não foi feito por mim...dá pra se ter uma idéia de como é chato e desagradável comentários anonimos...
SE NÃO TEM CORAGEM DE SE EXPOR NÃO USA ASSINATURA ALHEIA, POR FAVOR.

Jorge Schweitzer disse...

Pois é, Marinalva...

Tem gente assim mesmo...

Você não imagina o que recebo por email e não reproduzo por aqui...

...

Sílvia,

Acho que o Nejao colocou o que você não percebeu...

A dona já estava noutra e continuou enchendo saco de quem nada mais queria com ela...

Além de sem noção, a mulher é mala...

...

Mas, continuem...

estou gostando...

Vou reunir tudo em enviar prá ela...

Apesar que acho quer ela própria está usando nome dos outros para dar pitacos...

Anonymous disse...

O caso dos "perversos vasos comunicantes" (parte 1/2)

Jorge,

Segue minha contribuição para a aquecida discussão desse post.

Gostei do conceito "solteira nunca casada" que ela apresentou. Subliminarmente dá a impressão de "a perigo" e "pegando o primeiro que der mole", podendo até (até) ser um "separado nada judicial". Por "separado nada judicial" entendo "ainda casado, vivendo com a patroa e com um discurso que vai se divorciar na semana que vem" (só está esperando passar o resfriado da patroa).

Não entendo a relação da viagem a trabalho com o começo das brigas. Minha mente maldosa e quase sempre equivocada imagina que ele quis "tomar um ar", dar uma afastada e inventou as tais viagens para ela parar de pegar no pé o tempo todo. Não descarto uma terceira mulher na jogada, afinal de contas, um ano de
namoro é um tempo muito longo e, claro, ninguém é de ferro. Então, digamos, ele foi "viajar". E ela passou mais um ano nesse esquema de briga/viagem, viagem/briga.

Achei interessante a matemática presente ao longo do relato: 3 filhos, zero contatos, 2 anos, 5 parágrafos, 2 milhões de emails, 6 anos mais velho, tudo contado e
numerado. Algo de obsessivo e compulsivo nessa conduta? Não sei.

O relato "nunca mais nos falamos" conflita com os "dois milhões de emails" enviados e que ficaram sem resposta. Minha humilde interpretação disso é que ela
não parou um instante sequer, ao longo dos dois anos de afastamento, de ficar no pé do coitado (ou melhor, na sua caixa postal), num monólogo cibernético, onde ela
escrevia e ele deletava. Ou então ele respondeu um "me deixa" e ela fingiu não ler e/ou omitiu do relato que fez?

Antes que as almas mais ingênuas e os leitores distraídos achem que o tal do email com 5 parágrafos que ela enviou seja de sua própria autoria, devo esclarecer que esse texto faz parte da obra "La hija del canibal", da escritora espanhola Rosa Montero, publicado em 1997. Em português está disponível como "A filha do canibal" (Ediouro, 336 págs :--) Coincidência ou não, o livro trata de Lúcia, solteira, sem filhos e em plena crise da meia idade...

Aliás, esse fragmento de texto pode ser achado em blogs de algumas dúzias de donzelas solitárias :-)

(continua)

Anonymous disse...

O caso dos "perversos vasos comunicantes" (parte 12/2)

(continuação)

Mas voltemos ao tão esperado reencontro. Ele, provavelmente em uma fase de
vacas magras, a fim de sair da rotina e ela, bem, ela deve ter levado um par de
alianças e dois exemplares da revista "A noiva feliz". Mais uma vez, expectativas
dissonantes.


O cara, com consulta marcada no psiquiatra e "problemas no lóbulo central".
Provavelmente algo relativo ao TDA (transtorno do déficit de atenção). As marcas
registradas do TDA são, entre outras, a desatenção, a impulsividade e o
esquecimento.


Se ela não tivesse aquela crise de choro, a conversa teria evoluído até o ponto onde
os dois se lembrariam dos motivos das brigas e da separação e seguiriam, cada um
para seu lado. Mas esse TDA, tirou a atenção dele, ele misturou chiclete com
banana e lascou um beijo na moça, complicando de vez a situação na cabeça dela.


A maioria das perguntas que encontramos na vida já trazem as respostas junto.
Nesse caso, vale a mesma regra. Ela sabe muito bem o que quer, sabe quais são os
seus objetivos e está apenas esperando uma aprovação externa (no caso, do Dr.
Schweitzer :-) para dar sequência aos seus devaneios unilaterais. O cara está em
outra, faz tempo. Talvez uns amassos de vez em quando, para passar o stress. Nada
mais que isso.


O que vejo aqui é uma mulher com um distúrbio que o pessoal da velha Análise
Transacional chamava de "script de perdedor". Em suma, o cara "bonzinho" que
está com ela e dá tudo que ela quer não serve. O outro, cheio de problemas, filhos,
transtornos... e que não dá a mínima para ela, esse é o que ela quer.


Então, caro Jorge, diga à moça para procurar um terapeuta para tratar logo disso,
ficar com o namorado bonzinho e esquecer a paixão imaginária dela. Vai ser difícil,
mas ela consegue.


Sid

Jorge Schweitzer disse...

Sid,

Sua análise deveria entrar nos compêndios da neo-psiquiatria...

Algo inovador no âmago da questão, já que eu estava a receitar lobotomia radical...

Como lobotomia precisa de acompanhamento suplementar dando uma 'mãozinho' para a moça (na realidade duas)...

Até já havia ligado para aquela minha amiga dona do SexShop ali da Av. Copa com Hilário (aquela que entrevistei por aqui e que mostra as mãos citadas) para encomendar as duas mãos...

A salvação da moça para eu não ter aplicado tratamento corretivo hard foram suas sábias palavras...

Juro, meu nobre colega Sid, que cheguei quase as lágrimas de emoção tal um Lula encachaçado...

Sid, a medicina agradece sua lucidez...

Abraço,


JS

Anonymous disse...

Jorge, perdão. Não sabia que outro alguém assinava como "MD".
Sou Maria das Dores.
Acho que estão fazendo tempestade num copo d'água. A menina é nova. Precisa ainda viver muitas coisas para saber o que quer de fato da vida.
Atire a 1ª pedra quem nunca ficvou indeciso.
Acho que tem muito psiquiatra por aqui.


Maria das Dores (MD)

Anonymous disse...

(ST)
"seguindo essa moda de traição e como eu sei que vc e nós (seus leitores)também gostamos"... Um inicio de texto nada criativo.

Não sei??? mesmo em um mundo conturbado e com tantos valores invertido, ainda creio na moralidade intríseca a natureza humana. Não creio que ninguém goste de traição. Gostamos de conhecimento, debates inteligentes e críticas construtivas. Logicamente que temos todo respeito pelos diferentes níveis de compreensão.

Tenho uma sugestão pra quem gosta desse tema: Rede globo

MD

Jorge Schweitzer disse...

Engraçado esta Maria das Dores saber a idade da tal moça, embora não tenha sido sequer insinuada...

Lógico que todos nós passamos por equívocos...

Mas equivocar-se durante anos a fio perseguindo uma pessoa que já não lhe quer mais...

Pior, já estando comprometida com outro, é coisa de gente maluca e sem princípios mesmo...

Agora, a tal Maria das Dores poderia aproveitar e começar a identificar-se por sua conta no google para não sucitar dúvidas sobre sua existência...

Não vou forçar a barra, mas sei quem é a real Maria das Dores...

Jorge Schweitzer disse...

Engraçado esta Maria das Dores saber a idade da tal moça, embora não tenha sido sequer insinuada...

Lógico que todos nós passamos por equívocos...

Mas equivocar-se durante anos a fio perseguindo uma pessoa que já não lhe quer mais...

Pior, já estando comprometida com outro, é coisa de gente maluca e sem princípios mesmo...

Agora, a tal Maria das Dores poderia aproveitar e começar a identificar-se por sua conta no google para não sucitar dúvidas sobre sua existência...

Não vou forçar a barra, mas sei quem é a real Maria das Dores...