domingo, 25 de julho de 2010
Ensina-me a Viver...
Já afirmei...
Repito...
Com todas letras...
Garrafais, se necessário...
Não creio em amor virtual...
É obsessão idiota...
Babaquice adolescente...
Perda absurda de tempo...
Brincadeira para exercitar o vernáculo disponível...
Não é possível apaixonar-se por quem não se possa tocar...
Ninguém é totalmente o que se apresenta na tela...
Todos fingimos ser o que não somos...
Todos somos o ideal inatingível...
Uma cambada de carentes por mãos macias a afagar egos solitários via banda larga...
Todos somos incompetentes para confiscar sentimentos de alguém próximo e nos contentamos em ficar enchendo o saco de alguém distante...
Já notou que todas pessoas com mais de um mil quilômetros de distância lhe assediam...
Então?!
Não é possível que ninguém da sua cidade entre na Rede e resolva marcar um encontro para daqui duas horas já que ficou fascinada com sua dialética e suas fotos fotoshopadas...
Somos uma cambada de mentirosos escudados pela distância prudente...
Eu?
Estou de olho bochudo numa senhorita...
'Tô mermu'!
Todo dia ela me envia emails insinuantes...
Eu, replico...
O problema é nossa diferença de idade...
Eu tenho 55 anos declarados na certidão de nascimento amarelada...
Nossa diferença é de exatos:
30 anos...
Isto, trintão...
É que...
Putz...
Melhor confessar logo, já que não sou adepto de rodeios...
E, vocês irão me cobrar sinceridade...
Ela tem 85 primaveris setembros; gosta de dançar (lógico); toca piano; cria oito angorás; formada em corte e costura; crochê e trico por correspondência; postura na Socila e já viajou o mundo inteiro pela Vovó Stela Barros Turismo...
'Tá rinu', é?
Não deveria...
Ah! Sim...
Ficou de me apresentar escrituras de propriedades e atestado de sanidade mental de seu psicanalista...
Hum!
"Tô esperano"!
Jorge Schweitzer
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Amor Virtual, Assassinato Real: Rodrigo e Glaycienne...
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O mais curioso do desfecho desta história de loucos é que o marceneiro Rodrigo Fraga da Silva está em liberdade ao lado de sua esposa que ele considera linda confirmando que cada um enxerga o que quer...
Rodrigo Fraga da Silva ganhou direito de responder pelo crime em liberdade através do habeas corpus concedido pela juiza Marlene Landvoigt que deduzei que o marceneiro matou a médica Glaycienne Hara sem premeditar o crime...
Vejam só...
Alguém sai de casa com uma peixeira de palmo e meio de lâmina; desfere 24 facadas numa vítima que o estava importunando e a merítissima Marlene Landvoigt acha que foi obra do acaso...
É uma dedução tão maluca que abre jurisprudência para algum louco aí de Torres pegar um ripa de madeira de dar em doido e abrir a cabeça do cidadão Rodrigo na próxima esquina...
Né não?
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Jorge Schweitzer
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