quarta-feira, 2 de junho de 2010

O verdadeiro delegado Protógenes Queiroz, José Dirceu e Lulinha...

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As caças e o caçador

Mônica Bergamo:

"Olha aqui o delegado que queria me prender!", exclamou José Dirceu ao ser abordado pelo delegado Protógenes Queiroz no jantar de aniversário do ministro Orlando Silva, do Esporte, anteontem, em SP.
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Os dois gargalharam, apertaram as mãos e se juntaram num abraço aparentemente fraterno.

Candidato a deputado federal pelo PC do B, o policial circulava na festa tentando se aproximar dos que outrora investigou na Operação Satiagraha, em 2008, cujo alvo principal era o banqueiro Daniel Dantas.
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A conversa com Dirceu (que teve sua mulher, Evanise, grampeada na devassa comandada por Protógenes) não durou muito tempo.

"Me comportei bem?", perguntou o petista depois que o delegado se afastou.
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Para espanto de muitos, entre uma garfada e outra de penne com tomate, disse: "Eu vou ajudar a elegê-lo".

O "perdão" para valer, no entanto, virá depois, "no dia em que ele [Protógenes] me contar tudo o que aconteceu".
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Dirceu diz acreditar que foi investigado de forma ilegal e muito mais abrangente do que a divulgada oficialmente.

Fábio Luís, o Lulinha, filho de Lula, que na época da Satiagraha surgiu no noticiário porque empresas de Dantas teriam tentado se aproximar dele, também conversou com o delegado federal na festa.
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"Foi um diálogo maravilhoso, emocionante mesmo", diz Protógenes Queiroz, que sempre negou ter investigado a família do presidente da República. "Fizeram muita fofoca."
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Na verdade, afirma, "o presidente estava sendo chantageado".

"Ele [Fábio] me disse que o pai dele [Lula] me respeita muito e que a família me admira por tudo o que eu já fiz pelo Brasil.
O filho do presidente é um perseguido, como eu. Responde a um processo [na Justiça]. Eu respondo a 15!".
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Protógenes diz que deu seu telefone e e-mail para Fábio Luís, "para ajudá-lo no que for preciso".

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