Ontem, o vereador-ator Stepan Nercessian cumprimentou o taxista Jorge Schweitzer na Cinelândia...

Semanas atrás, o ator-vereador Stepan Nercessian enviou texto para o Jornal do Brasil (O vereador João Cabral me assegurou pessoalmente que ele estava irado comigo e leu seu resmungo também nO Globo) respondendo meu questionamento sobre ele freqüentar bingos ilegais apesar de estar revestido eletivo de ‘representante do povo’, depois de eu assistir pessoalmente sua declaração no velório da Dercy Gonçalves onde estava para registrar o fato jornalístico...

Iniciava, com “Para não perdermos muito tempo...”, desclassificando de antemão a interpelação de um eleitor do Rio de Janeiro...

Ontem fui surpreendido com dezenas de bonecos “Stepan Nercessian” banners em tamanho natural prostrados em frente a Câmara dos Vereadores do RJ na Cinelândia...

Um ao lado do outro, dando a impressão que estávamos diante de incontáveis Stepans num jogo de espelhos...

Atrás de cada um, como manda a Lei Eleitoral, estava alguém segurando o cavalete para ‘Stepan’ virtual não cair com o vento e a chuva final do final desta sexta-feira...

Daí aconteceu o improvável...

Tentei parar o carro para registrar o evento incomum...

Um sujeito, com cigarro na mão direita e paletó de veludo cotelê que ninguém mais usa, fez sinal como se quisesse táxi...

Estava acompanhado de três pessoas que sorriam prá mim...

Demorei a reconhecer, já que mais gordo que eu...

Era o próprio Stepan Nercessian...

Desesperado, tentei parar no acostamento para interagir registrando com minha filmadora...

Ele não queria táxi, queria somente me cumprimentar acreditando se tratar de eleitor...

Tive que ir embora depois de milhares de buzinas me empurrarem em direção à Avenida Rio Branco...

Estas coincidências esquisitas nos põem a crer que vivemos numa imensa aldeia global...

Fiquei frustrado em não poder informar para o Stepan que o Jorge Schweitzer é taxista...

Ele não iria acreditar...

Até foi bom...

Tinha tudo para acabar em confusão...

A primeira vista, sua propaganda eleitoral esquisita transparecia ser abuso de poder econômico em campanha...

Ou não?

Ia perguntar quanto custou...

Tinha tudo para acabar mal...

Só me meto em confusão...

Sinceramente...

Pô...



Jorge Schweitzer