terça-feira, 18 de maio de 2010

Maristela Just

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Após 21 anos de espera, vai a julgamento nesta quinta-feira o comerciante José Ramos Lopes, acusado de matar a ex-mulher Maristela Just e ferir os dois filhos e o cunhado, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife. O júri começa às 9h, no Fórum do município. A previsão é que a sentença só seja anunciada no sábado.

José Ramos chegou a ser preso em flagrante na época do crime. Ele passou cerca de um ano detido no presídio Aníbal Bruno, em Tejipió, até ganhar liberdade por meio de um habeas corpus. Em junho de 2001, o então juiz da 1ª Vara do Júri de Jaboatão, João Roberto Moreira, divulgou a sentença de pronúncia do comerciante e a expectativa era que o julgamento ocorresse naquele ano, o que não aconteceu. Somente após 21 anos do crime, a juíza titular da 1ª Vara do Júri de Jaboatão, Inês Maria de Albuquerque, marcou a data do julgamento.

No dia 4 de abril de 1989, inconformado por estar separado há dois anos da ex-mulher, o comerciante invadiu a casa do sogro e se trancou com Maristela e os filhos num dos quartos. Ele deu três tiros em Maristela, que morreu na hora. O filho caçula, Zaldo Just, na época com dois anos, levou um tiro na cabeça. Natália Just, a filha mais velha, tinha quatro anos e foi atingida por um tiro no ombro. O irmão de Maristela, Ulisses Ferreira Just, tentou socorrer a irmã e os sobrinhos e também foi baleado no peito.

O filho do casal ficou com seqüelas graves provocadas pelo ferimento e ainda se submete a sessões de fisioterapia para tentar reaver o movimento do braço esquerdo. A filha também precisou de tratamento com fisioterapeutas, mas está totalmente recuperada dos danos físicos causados pelo tiro.

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