Quanto mais mexe mais fede...
Parece filme Tarantino contando fábula de trás pra frente como um ‘Pulp Fiction" de bolso tupiniquim...
Parece “Amnésia” onde um relógio marca o início e nunca tem fim com as tatuagens no corpo do personagem principal que só ele lê refletivo em seu espelho da alma...
Parece um “Feitiço da Lua” trágico...
Parece ‘Eduardo e Mônica’ narrado por Renato Russo saracoteando como num ataque epilético no ritmo frenético de uma história que nenhuma Legião Urbana jamais haveria imaginar...
Parece “Romeu e Julieta” pastelão ironicamente real e surpreendente a começar com um cacto da caatinga em close...
Parece Lampião sanguinário e Maria nem tão bonita que o acompanha conivente na peregrinação...
Pôs bueno...
Tudo começa em Alagoas...
Everaldo Pereira dos Santos, o “Amarelo” da “Gangue da Farda” está preste a ser preso pela acusação de matar o então Secretário de Segurança do Estado e seu motorista...
Everaldo é policial militar...
Resolve se evadir para não ser preso...
Sua então esposa Marta Lúcia Alves Vieira sabe de seus crimes...
Todos...
Tudinho...
Ameaça testemunhar contra ao saber que ele iria fugir com Ana Cristina Pimentel da Silva, mãe da pequena Eloá...
“Amarelo”, o Everaldo, resolve matar Marta Vieira antes de empreender fuga...
Everaldo não tem sentimento de culpas...
Um coração que nenhum stent há de proporcionar irrigação de sangue de boa qualidade...
Um troço mau...
Decepa seu pescoço a peixeira da esquerda até a direita...
Shift...
A cabeça fica pendurada sustentada pela coluna vertebral...
Everaldo é jagunço temido...
Não deixa barato...
Cabra ruim...
A família de Marta sequer cogita em indicá-lo como assassino...
Silêncio...
Todos têm medo de “Amarelo”...
Todos...
Ana Cristina, a agora mãe chorosa de Eloá Cristina Pimentel assassinada por Lindenberg Alves Fernandes, também é casada...
O então marido de Ana Cristina sabe da fuga mas fica calado...
O irmão mais velho de Eloá não é filho de Everaldo...
Ronikson da Silva, 22 anos era fruto de outro casamento de Ana Cristina...
Durante anos o pai de Ronikson morreu de saudades do filho, mas não se atreveu procurá-lo...
Temia Everaldo matador...
Todos têm medo de “Amarelo”...
Todos...
Todos?
Não...
Lindenberg, não...
Lindenberg é valentão?
Nada...
É um babaca covardão...
Vai virar mulher de bandido ruim na cadeia...
Agora aparece a versão que Lindenberg e Everaldo eram sócios em crimes em Santo André...
Lindenberg já havia agredido Eloá em um ponto de ônibus quando ela tentava freqüentar um curso aos sábados...
Voltou prá casa com a mochila destroçada e ferida...
‘Amarelo” nada fez...
Everaldo é um bandido de merda...
Um otário metido a fodão...
Everaldo é um ‘bundão” que gosta de meter medo em quem não tem condições de reagir...
Everaldo e Lindenberg são dois filhos da puta psicopatas que seus companheiros de cela tem obrigação de enfiar-lhes porrada a cada manhã e mijar dentro de sua caneca de café e obrigar beber...
Everaldo e Lindenberg são sérios candidatos a terem as sobrancelhas raspadas e ganharem o mimo de anel de casamento de barbante na mão esquerda...
Ana Cristina estava exultante no enterro de Eloá...
Uma celebridade fúnebre...
Sabia das atrocidades do marido e dormiu em silêncio ao lado...
Já nem sei quem presta nesta história toda...
Lembrei do Leopoldo Heitor...
Tudo indicava que era assassino de um crime sem cadáver...
Tornou-se advogado famoso ao se auto condecorar “Advogado do Diabo”...
O destino em vida tratou de alvejar seu coração duro...
Tempo passa, tempo flana senhor da razão...
Seu filho Júnior amado foi assassinado a facadas por uma mulher que ele espancava...
Igualmente a mulher assassina-confessa foi absolvida ao comprovar legítima defesa...
Leopoldo Heitor Pai morreu amargurado pela morte de seu Leopoldo Filho...
O Inferno é aqui, meu chapa...
Aqui se faz...
Aqui se praga...
Jorge Schweitzer
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